sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

É pra ser real!


É natal, né?

Todos reunidos com a família, super legal isto.
Então, seria mais que normal que eu falasse, ou melhor, escrevesse algo sobre isto.
Mas já tenho lido tanto sobre este assunto, e pra falar a verdade, celebrar o nascimento de Cristo é um ato diário, então decidi que seria melhor escrever sobre outra coisa.
O problema é que sou ansiosa, mal acabou dia 25 e estou de olho no “Ano Novo”, pensando no que aconteceu durante 2009 e como poderá ser 2010.
Vida de ansiosa, não é fácil!
Mas aprendi muito, passei por diferentes situações, mudei algumas ideias que eu tinha sobre alguns assuntos, conheci e fiz amizade com pessoas diferentes, infelizmente afastei-me de alguns que pensava ser sinceros amigos, e tornaram-se só colegas.
Por fim, aprendi que amigos verdadeiros, se eu puder chegar ao fim da vida e contar 3 destes, terei tido um imenso milagre.
Entendi que conservar estas amizades, mais depende de mim, do que dos outros, mas que é necessário uma cumplicidade, doação de ambas as partes.
Nem todos estão dispostos.
As vezes, nem eu me entendo, como posso pedir que os outros me entendam?
Não, nem quero que venham a me entender, se aceitarem minhas manias, defeitos e qualidades... já está de bom tamanho.
Manias não são poucas, tenho aos montes.
Qualidades... talvez algumas.
E defeitos, são vários.
Bom é conhecer, aprender, trocar experiências, fazer novas amizades!
Algo grandioso e raro.
Estamos cercados de pessoas, por onde andamos, passamos, estudamos... há sempre alguém por perto.
E nos mantemos calados.
No mundo atual, é bem mais fácil puxar assunto, iniciar uma conversa, com alguém que nem conhecemos, e nunca vamos conhecer.
Ai contamos nossos problemas, tristezas... trazemos este para “dentro de nossa casa”, nos tornamos amigos íntimos de pessoas que moram do outro lado do país.
Isto é ruim?
Claro que não!
É ótimo!
Sabemos da cultura de outro lugar, estando sentados em nossa casa.
Mas tal ato, não pode privar ninguém do contato real.
Necessitamos de conversar olhando nos olhos, do toque, de ouvir a risada, de poder ligar para alguém e saber que ele poderá ir até a gente.
Infelizmente, isto não é possível com amigos que estão só no virtual.
Ai encontramos hoje, pessoas cercadas de amigos, muitos contatos no msn, orkut, mas são solitárias, sozinhas.
Será qual a razão?
Ainda não entendi e sei que nem vou entender, pretendo continuar a conhecer pessoas e fazer amigos, tanto no virtual, como no real, e se possível, transformar amigos do mundo virtual, em amigos reais.
Sonhar eu posso, né? ehheheheh
Que possamos, sair um pouco de trás do PC, encontrar mais pessoas, receber e ofertar mais abraços, trocar sorrisos, auxiliar, ensinar de perto, comer pipoca junto, fazer amigos e ser amigo!
Um abraço grandão para todos vocês... pra não perder o costume: - Feliz Natal!

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Projeto de Leitura - Ano 2008 - Como funcionou?


Estive conversando com algumas amigas, sobre o projeto de leitura que trabalhei durante 2008 e 2009.
Então parei e pensei no quão grandioso foi tudo isto.
No ano de 2008 estava com uma turminha de 3º ano (2ª série do ensino fundamental), alunos com 7 e 8 anos.
Se perdiam facilmente na leitura, demoravam para passar de uma linha para a outra, se a palavra estava cortada por um hífen ao final da frase, e continuando na próxima? Aquilo era uma lástima, demoravam para emendar e entender o que se dizia.
Pensando em como melhorar isto, já que durante todo o ano, em todas as matérias, seria mais que necessário a leitura, clara, com interpretação, então criei o projeto “Leitor do Mês”.
Iniciando com a filmagem de uma leitura simples.
O aluno ganhava um texto curto, então lia pela primeira vez para a câmera, eu filmava ele lendo, todas as pausas que dava, engasgadas em sílabas, as vezes que atropelava a pontuação e tudo mais.
Alguns demoraram até mais der 5 minutos para ler uma curta história.
Paciência, eu elogiava ao final, dizia que com certeza ele ia melhorar.
Depois, foi colado na agenda escolar de cada um, uma ficha de leitura.
Contendo espaço para o nome do livro, data que retirou e que devolverá, e ainda um lugar especial para a assinatura do pai.
Ou seja, a leitura não era realizada aleatoriamente, a criança precisava ler para um adulto, aproximando assim o filho da família, tornando o responsável ciente de como está a leitura da criança e convidando-o a participar nesta evolução infantil.
Muitos pais nunca tinham notado a forma do filho ler, então “choveu” bilhetes e ligações, de pais preocupados com filhos que não respeitavam pontuações, que não conheciam ainda algumas letras e demoravam para identificar a junção destas.
Aos poucos fui tranquilizando-os, mostrando que o projeto é um trabalho de um ano inteiro, e assim, eles foram notando a evolução.
Era entregue um livro a cada segunda-feira, o aluno precisava devolvê-lo na sexta-feira e com a ficha de leitura assinada pelo pai.
Aquele aluno que cumprisse esta etapa, tinha sua foto colocada em um belo painel, escrito = LEITOR DO MÊS.
Um modo de destacar e valorizar o esforço da criança.
A foto eu tirava no início do ano, todos tinham uma foto, eles sorrindo, segurando um livro, atrás de um painel claro.
Na foto era pregado uma parte do velcro e no painel, outra parte.
Assim, na semana que o aluno não cumprisse com a meta, a foto dele era retirada.

Óbvio que todos tentaram manter a sua foto durante toda a semana, sem que fosse retirada uma única vez.
Ao final do mês, aquele aluno que conseguiu sempre manter a foto no painel, recebia um incentivo, podendo ser um adesivo, um cartão falando sobre a leitura, uma cartinha, elogiando o desempenho.
Os que não conseguiram, recebiam também, mas algo que deixasse claro que eu (professora) acreditava que ele era capaz, e que no próximo mês estaria junto aos que venceram!
O projeto funcionou que foi uma beleza!
No final do ano, entreguei o mesmo texto para os alunos, filmei novamente.
Resultado? Alunos respeitando pontuação, lendo com maior desenvoltura, nem uma única leitura levou mais que 3 minutos.
Os pais receberam um DVD contendo as duas filmagens, para que pudessem comparar.
Este foi o ano de 2008.
Projeto desenvolvido com crianças de 7 a 8 anos, tendo como base, livros curtos, mas com história continuada.
Em outros momentos usei uma história maior, onde eles liam um pouco cada dia, interpretavam, e ao final, os pais respondiam um questionário sobre o que estavam achando do projeto, e a evolução da criança neste.
Na próxima vez que escrever sobre o projeto, vou retratar como foi o ano de 2009, este sim, foi intenso, ainda mais emocionante!
Formando não apenas pequenos leitores, mas GRANDES amantes da leitura!

Saudade BOA!!!



Escolher um assunto específico para escrever hoje, está sendo complicado.
Tanta coisa tem me permeado a mente, desde recordações antigas, da infância, até mesmo o que realizei durante este ano que já está acabando.
Falando sobre recordações, isto se dá ao fato de eu estar agora aqui, em Cuiabá, onde vivi dos 4 até os 11 anos (aproximadamente).
Lembro-me que passava as férias brincando de boneca, que pouco saia de casa, mas minha mãe sempre permitia que as coleguinhas viessem brincar comigo.
Minha irmã não gostava, as bonecas dela estavam sempre em estado impecável de conservação, isto quando estavam fora da caixa.
As minhas não, estavam com os braços moles, de tanto que eu tirava e colocava roupinhas, com a cabeça meio pendendo de um lado para o outro, isto devido ao fato de eu conversar constantemente com elas, virava o pescoço delas de um lado para o outro, para que elas pudessem “olhar” na direção em que eu falava.
É, criança tem cada coisa, e nunca me declarei 100% normal. ehehehe
Sábado, conversando com a Keka (Erica), lembrávamos destas coisas, das vezes que arrumávamos as bonecas e saiamos pelas ruas ao redor da nossa casa.
Teve outro sábado, que inventamos de andar de bicicleta, lembro que cai ao passar com o pneu próximo ao meio fio, o choro nem foi pelos ralados, mas por lembrar do quanto eu era (sou) desastrada, pois estava arranhando o joelho que estava ainda sarando de outro tombo.
Fazer o que?
Tenho hoje o joelho ainda com pequenos risquinhos, marcas das aventuras que vivi.
Minha irmã, passava as férias, os dias e parte das noites, encima de um pé de goiaba, amarrava nele um banco velho de moto, onde podia facilmente se recostar, nos galhos pendurava sacola com frutas e muitos, muitos livros, eu ficava entediada só de olhar ela lendo, mas minha mãe tanto elogiava, que eu também queria elogios.
Graças a minha “maninha” (como a chamava), adquiri o gosto pela leitura, vendo-a ler, comecei a buscar o mesmo, já que ela não gostava tanto de patins e boneca, procurei ter a companhia dela, nem que fosse no silêncio da leitura, encostada perto de um galho, também com livros, embora mais finos e com mais gravuras.
Descobri a grande Ruth Rocha, NOSSA!!! Foi minha primeira escritora preferida, depois veio à série Vaga-lume, o que é aquilo? FANTÁSTICO!!!
Mas sobrava tempo para o patins, foi assim que quebrei pela primeira vez o braço, desta vez o esquerdo.
A rua da antiga casa, era plana e morta, não tinha saída, de forma que não havia grandes movimentos de carros.
Podia correr de um lado para outro, quando minha mãe deixava, claro.
E ainda tínhamos a turma que brincava com os “bebezões”, aquelas bonecas grandes da “Estrela”, que mais pareciam bebês.
Lembro das festinhas, com bolinho de terra.
Depois evolui muito, passei a queimar panelinhas enquanto tostava açúcar e folhas da árvore que dava “azedinho”, como era bom comer daquelas folhas.
Aos sábados, fazia a escola sabatina para meu público, empilhava todas as bonecas e pequenos ursos, lia a lição, cantava os corinhos, enquanto meus pais provavelmente oravam no quarto para que eu fizesse mais silêncio e eles pudessem dormir.
E a Fabiana? Ah! A espertinha trancava-se no quarto com sua mala de gibis (histórias em quadrinhos), dali nem se ouvia respiração, realmente, assumo, a barulhenta era eu!
Lembro dos poucos domingos em que meu pai tinha folga do trabalho, então íamos até o zoológico, ou ao “Praia Clube”, uma espécie de clube, ou parque aquático.
É... o tempo passa, as lembranças ficam.
Domingo pude ver isto, o conjunto que cantei, o Pequeninas Jóias, agora com novos membros, fez seu aniversário, um recital muito lindo!
Quem são os componentes?
Na maioria, os filhos dos antigos coristas.
Tive a alegria de ver o Murilo participando, fez-se de pequeno Samuel.
São ai mais ou menos 19 anos deste conjunto infantil.
Saudades imensas da “tia Lúcia”, que ensaiava a meninada, soube que semana passada foi a formatura da filha mais nova dela, que foi minha amiguinha na infância, formou-se ela em medicina.
Que coisa!
Estou velha!
Depois deste monólogo imenso, só basta dizer que o melhor, é viver o HOJE, com ele construímos o futuro, mas que deste hoje, fazemos o passado, que com certeza, influencia o dia de amanhã.

Vivamos bem o dia que temos, para que as recordações sejam boas, e as esperanças futuras, melhores ainda!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Quanto custa seu sonho?


Quando se acaba a prova de um concurso, não tem nada pra fazer, precisando que o tempo passe pra levar a prova pra casa.

Então a pessoa pega as costas da avaliação e vai rabiscar um conto de Natal.

Quer ler?

Lá vai!



Quanto custa seu sonho?


Judith trazia consigo uma caixa de papelão, seu corpo franzino, descalça, o vestido já desbotado e remendado, contrastava com o vermelho vivo da caixa.

Por entre os fios de cabelo que caiam irregularmente sobre a testa, podia-se notar um sorriso amarelo.

As mãos magras com dedos compridos, pintadinhos pelo encardido das unhas, destacavam-se com a suavidade em seu modo de andar e segurar o objeto.

Ao passar pelos moleques, estes aquietaram-se pois sabiam que ninguém ganhava de Judith na corrida, que seu estopim era curto, se provocada logo batia nos meninos, corria, pegavam-se pelo chão e rolavam, só parava quando ela via o adversário dando-se por rendido.

Mas não naquela tarde, ela caminhava com as pontas dos pés, na ânsia de nada atrapalhar seu trajeto.

Aos poucos, formou-se uma pequena procissão, Judith na frente, os moleques atrás, em curiosidade cochichavam querendo saber o destino da menina, mas quem teria coragem de perguntar?

A menina parou diante de uma grande árvore que piscava, os moleques esbarraram-se para ver o que aconteceria.

À frente dela estava uma fila ainda maior, meninas de laço no cabelo, vestido estampado e sapato de verniz.

Judith olhou para seus pés, depois para o sapato de uma garota, mordeu com vergonha o cantinho da boca.

Podia ouvir as risadas do velho gordo com roupa vermelha, uma por uma das crianças sentavam-se no colo dele, cochichavam algo e saiam depois, sorrindo, mas de mãos vazias.

- Como pode? Se ele é o dono dos brinquedos, porque elas saem sem nada? – Perguntava-se Judith.

Ela olhou para o lado, tinha uma capelinha de madeira, já velha, cheirando a mofo e chuva, para a surpresa dos menos, Judith deixou a fila, foi para frente da capelinha, abaixou-se e viu a cena:

Um boneco pobrezinho, encima de fenos, embrulhado num paninho, uma mulher sem jóias ou brilho, com seu homem também pobre.

Judith sorriu de alegria, ela encontrou alguém com quem se parecia!

Como o bonequinho nada tinha, provavelmente estava mais precisado do que ela.

Parecendo um ritual, abaixada coloca a caixinha, sorri na certeza que fez boa escolha, beija seu dedo indicador e encosta o mesmo no rostinho do boneco.

Agora ela não está só na triste sorte da vida, viu alguém que tinha menos ainda e sorriu em se sentir útil.

Já voltando para casa, os meninos se dispersam desanimados, sem entender nada.

Então o guarda chega até ela, com sua caixa na mão e pergunta:

- Que ideia é essa, menina? Deixando uma caixa vazia para quem?

Com os olhos brilhando, ela responde:

- Ta vazia não, seu moço, ai tem minhas lágrimas de ontem, lágrimas de quando eu pensava que só eu não tinha presente de natal, então resolvi presentear aquele que todo ano diz que vai passar lá em casa, mas sempre esquece, estou falando do velho gordo de memória fraca! Mas então, percebi, que ele não esquece só da minha casa, mas que mesmo morando do lado da casa daquele menino boneco, não deixa também nem um presentinho pra ele! Por isto, o menino merece mais que o velho de roupa vermelha!

O guardinha não tinha o que dizer, ainda segurando a caixa, vai até Judith e indaga:

- Então o que você gostaria de receber neste natal?

A menina olha para o chão, chuta algumas pedrinhas, por fim levanta os olhos e diz:

- Lá em casa tem pão e leite, roupa a gente sempre ganha da patroa da minha mãe, não quero nada não, nem preciso de algo grande assim, se o senhor puder dar algo, dá pro menino lá da casinha da praça, vi que ele só tem um paninho, que a mãe é pobre e o pai também, não esquecer dEle no natal, já seria bom demais.

O homem ficou sem ação e resposta, Judith se volta e faz uma última pergunta:

- Falando nisto, em não esquecer, o senhor que vive na praça, sabe o nome dele?

- Sei sim. – Disse o homem meio envergonhado. – É Jesus! Menino Jesus!

Judith dá um sorriso bem largo, de costas acena para o guarda e diz:

- Bom saber, bom saber... não vou me esquecer dele! Lembre-se você também!



*** E então, quantos estão preocupados em aproveitar esta data simbólica pra celebrar o nascimento do Salvador? Que Ele nasça todos os dias em nós!

sábado, 12 de dezembro de 2009

Combati o bom Combate!

No dia 09 de Dezembro deste ano (2009), morreu Elza Cansanção Medeiros.
Mas quem foi Elza?
Até abrir o jornal deste dia, eu não sabia.

Ela não atuou em uma única novela, não fez um único comercial.


Apesar de ter olhos que mais pareciam sorrir, são absolutamente normais.


Poderia passar por esta senhora na rua e nem ao menos cumprimentar.

Mas Elza nasceu no ano de 1921, filha de um importante médico, este era amigo direto de figuras notáveis, como Alberto Santos Dumont e auxiliar de Oswaldo Cruz na luta contra a febre amarela.


Ainda menina, ela aprendeu a manejar armas, atirava muito bem, ainda sabia sobre músicas e idiomas, mas algo diferente me chamou a atenção nesta matéria.


Ela foi a PRIMEIRA brasileira alistar-se como voluntária, na diretoria de saúde do exército para lutar na segunda Guerra Mundial.

E só tinha 19 anos!


Ela almejava mais pelo país, queria estar na linha de frente!

Acredito que alguns marmanjos gostariam até de ter trocado de posto com ela, mas não, ela almejava estar a frente na batalha, servir diretamente, não só com a mão, mas com todo o corpo em ação.


Como não era permitido naquela época, ela serviu como pode, com seu conhecimento em auxílio aos necessitados ali, juntou-se as outras 69 enfermeiras.


Mais tarde, ao receber o curso de enfermagem, formou-se com glória e destaque, diante da turma, como oradora, só ficou em terceiro lugar por ser a mais jovem das três classificadas.


Seu histórico é brilhante, cursos, faculdades, tantas coisas... e segue com sua marca – Primeiro Lugar.

É interessantíssimo isto, em tudo ela buscou chegar primeiro.


Tanto que junto à notícia deste dia, diz: Morre a mulher com maior número de condecorações, medalhas de honra ao mérito, do exército brasileiro.


Lembrei-me do apóstolo Paulo, que disse em 2 Timóteo – 4:7

Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.


O que tenho feito eu por isto?

Tenho lutado?

Pois sei que neste mundo, se abandono a armadura, estou frágil e vulnerável ao meu inimigo, inimigo de todas as almas.


E no verso 8 do mesmo capítulo termina com a maravilhosa promessa:

Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda.


Estejamos prontos, nos alistemos sem medo nesta batalha que já foi ganha, cheguemos primeiro para dizer:


- Aqui estou Senhor! Cumpra em mim, o Seu querer!


Feliz restante de sábado para todos.



Fonte: http://pbrasil.wordpress.com/2009/12/09/morre-aos-88-anos-major-elza-cansancao-medeiros-decana-das-mulheres-militares-do-brasil/

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Sorte, azar e outros devaneios.


Olá pra todos, já estou há um tempo sem vir aqui, mas “o bom filho a casa retorna”... ehehehe


Estou de molho em casa, com dengue, um tanto de febre, dor no corpo, e com um tanto de coisa pra resolver da escola, coisas de fim de ano.

Some a isto, o concurso, verá o azar que tive em passar justamente esta semana com dengue.

Isto mesmo, azar!

Ai poderiam me dizer que uma pessoa cristã, não acredita em sorte ou azar, mas como estou com febre, tenho livre direito de postar qualquer coisa desconexa e depois dizer que só foram devaneios.

Mas o que seria azar?

O contrário de sorte acredito eu.

Sexta-feira da semana passada o concurso teve sua data de prova suspensa, pensa numa menina que pulou de alegria?

Claro, estou me preparando, mas ter o período de férias para continuar estudando, é mais que bom.

Isto porque o pessoal que fez inscrição pra datiloscopista teriam sua vaga anulada, pois tem uma lei que exige que este tenha terceiro grau, ou faculdade, e como o edital não falava nada a este respeito, as inscrições foram feitas baseadas apenas no segundo grau do candidato.

Mas já no sábado, um juiz retirou isto ai, remarcando o concurso para a data anterior, dia 13 de Dezembro.

É egoísmo eu querer que eles anulem a prova só porque eu estou ainda precisando de mais tempo pra estudar?

Some a isto, o fato de estar na última e mais importante semana, com dor de cabeça, náuseas e febre.

Impossível manter concentração numa apostila que mais parece o Alcorão!

Ai fiquei a pensar no meu grau de egoísmo e azar.

Lembrei que teve um concurso que também não pude ir fazer a prova, pois era na capital (Porto Velho) e bem naquele dia, estava eu internada com crise de cólica renal!

É azar!

Fala sério!

Ninguém merece!

Então pode-se perdoar meu egoísmo por querer que a prova seja anulada e remarcada para data bem distante, o que está altamente justificável.

Reconhecer que queremos algo ruim, não é fácil, entender o egoísmo que trazemos cravado na personalidade mais que humana, não é nada agradável.

Mas vi grandes personagens esquecerem-se de seu lado humano, ficando mais vulneráveis ao pecado.

Óbvio que não estou justificando, mas é uma boa desculpa.

Por fim, orem por mim, para que a prova seja mesmo remarcada para data bem distante, para que a onda de azar seja mais breve e eu possa retornar as minhas atividades, e talvez, para que eu pare de postar asneiras, como esta, em que digo acreditar em “azar”.

Que coisa mais tola!


Mas que é azar, isto é!

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Quando todos Duvidam.


Assistindo a um filminho com o Murilo – Está Chovendo Hambúrguer – fala sobre quando todos duvidam de seus sonhos e capacidade.

É complicado quando olhamos para todos os lados e parece que ninguém acredita.

Alguns podem até rir, dizer que nada vai dar certo.

Pior ainda, quando as pessoas são tão convincentes que quase conseguem que acreditemos na própria incapacidade.

Então nos vemos diante de duas escolhas:

Acreditar no que todos dizem, usar isto como uma bela máscara para reclamar, chorar por ninguém confiar.

Ou usar todas as palavras, inclusive o ‘pé na bunda’, para dar um salto à frente!

Há necessidade de provar o contrário, não para os outros, mas para nós mesmo.

Quando olho para tudo isto, tantas palavras soltas ao vento.

Ainda me lembro de dizer para eu mesma que os sonhos de Deus para mim, são maiores que os que tenho planejado e sonhado!

Mas como?

Se o que eu tenho planejado tem feito outros rirem de minha incapacidade?

Pode Deus confiar quando ninguém mais confia?

Resolvi olhar o histórico, não o meu, este é curto e sem graça.

Mas ver o histórico Divino.

Vi Deus acreditando no pequeno rapaz diante do gigante.

Deus colocando o destino de todo o seu povo sob responsabilidade de uma ‘frágil’ mulher, Ester.

Deus acreditando que a pequena embarcação, lotada de animais, salvaria e preservaria a vida no planeta.

E adiante, já nos tempos de Jesus, quando todos diziam que não ia dar certo, que o barco iria afundar... lá vem o filho de Deus, andando sobre as águas.

Tem como duvidar?

Impossível!

Quando todos falarem que você não é capaz, lembre que o Deus que seguimos, é especialista em acreditar quando todos duvidavam, em operar milagres quando não havia mais saídas.

Este é o nosso Deus!

Acredite!

Os sonhos dEle são imensos pra você!








terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Ser metade? Eu não!!!


Já tem um tempo que não escrevo por aqui, né?

A correria do encerramento do ano letivo, não tem permitido.

Mas isto não atrapalha meus pensamentos e teses desvairadas.

Tenho uma certa dificuldade para iniciar o sono, então fico deitada na cama, pensando...

Ainda outro dia, pensei sobre pessoas, umas procurando as outras.

É isto que acontece, como numa prateleira.

Algumas se enfeitam, fazem de tudo para chamar a atenção, as vezes o resultado é positivo, as vezes não.

Então há os que procuram, e tem no bolso da calça um discurso velho, amassado e passado de geração para geração:

- Quero minha metade!

Que coisa mais estranha!

Um ser humano, que tem pernas, braços, é talvez independente... e se sente então como faltando uma metade!

Lindo, romântico?

Não! Perdão aos que sonham ser metade de laranja ou tampa de panela.

Mas acho isto assustador!

É responsabilidade demais para alguém, assumir metade da vida do outro.

Ser responsável por metade das alegrias e metade das decepções, fracassos... e uma lista ainda maior para o lado negativo, do que para o positivo.

Pessoas não são metades, são INTEIRAS.

Isto mesmo?

Nem precisa se descabelar por ter passado noites sonhando ser metade de uma laranja.

Mas entenda que enquanto você se sentir pela metade, vai procurar alguém que se encaixe na outra metade.

E este alguém precisa ser como?

Exatamente como você.

Então ninguém é bom o suficiente, ninguém é puro e santo o suficiente... e viver com alguém que seja idêntico em ações e pensamentos, é totalmente entediante!

Ainda outro dia, por ai.. ouvi a frase de uma garota que dizia:

- Meu rim por seu reino!

Pensei:

- Ou ela está com o rim muito ruim, ou não gira bem!

Desde quando somos capazes de governar o reino do outro? Tomar-lhe a personalidade?

Perdão, desculpa aos que ficarão decepcionados.

Mas melhor que ter alguém fazendo todas suas vontades, é ter alguém de personalidade.

Que você olha e sabe que gosta dele com os defeitos e qualidades.

Que os defeitos são tão importantes para a formação da convivência, como as qualidades.

Pois de que outra forma ele suportaria seus defeitos?

Sou inteira, não é necessário ter alguém para assumir minhas alegrias e lágrimas.

É preciso sim, de alguém que esteja disposto a SOMAR... ouvir, encorajar, dividir... mas não carregar.

Não sou fardo, ou peso.

Bem como, na mesma linha de pensamento, não dá para ter alguém que queira me entregar “seu reino”, ou seja, sua personalidade e pensamentos.

Se o que me encantou nele, foi a maneira dele ser, para que desejaria ter a maneira dele em mim?

Perderia todo o brilho!

Pois que seja alguém inteiro, disposto a permanecer com sua personalidade, respeitar a minha, crescer em carinho e conhecimento.

E acima de tudo...

Que tenha defeitos, manias, costumes... entendendo assim os meus.

Respeitando as diferenças e repetindo sempre:

“Não é pra repetir ‘eu te amo’, isto enjoa e cansa.”

Mas se lembrar de dizer:

- Estou com você, não sei porque, mas gosto de suas manias, seus defeitos, loucuras... sua identidade! O que te torna ÚNICA! Hoje não direi ‘eu te amo’, talvez nem diga amanhã, ou por toda a semana. Mas tenha certeza que poderá ler isto em meus lábios, ver isto em meus atos, escutar isto em minha voz... pois estou a gravar palavras em meus atos!


"São as coisa em comum que tornam os relacionamentos agradáveis, mas são as pequenas diferenças que os fazem interessantes." (frase que ganhei de um amigo... gostei!).

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Posso te fazer uma pergunta?




Quem nunca foi surpreendido por esta frase?


Derrepente a criança chega até você e diz:

- Posso te perguntar uma coisa?

Se o adulto está “desligado”, nem percebe a quantidade de “coisas” que pode ser “uma coisa”, ai devolve no sorriso:

- Claro que pode!


Então, o anjinho, com aquele olhar travesso, faz uma pergunta que te deixa de cabelos em pé!


Ele fica parado, esperando a resposta, enquanto por sua mente passam um milhão de perguntas:

- Onde ele ouviu sobre isto?

- Com quem aprendeu?

- Cadê a “mãe” deste menino?

- Como é que eu respondo?


E ele está ali, parado, esperando.

Afinal, levou uma pergunta para alguém “grande”, que ele julga saber tudo sobre a vida.


Então o “alguém grande” olha e diz:

- Te explico depois, agora fica quieto.

Ou

- Isto não é assunto de criança, pergunta pra sua mãe.

Ou

- Vai dormir, passou da hora!


E lá se vai, a criaturinha sem a resposta.

Pra quem ele perguntaria?


Vamos adiantar um pouco o tempo, pensemos na mesma “criaturinha” agora, mas como um “doce” adolescente.


Então os papéis se invertem, o pai procura o menino e pergunta:

- E então, filhão! Como estão as coisas? Quer contar algo pro seu paizão aqui?


O menino olha com aquela cara, tipo... “este velho está me matando de vergonha, como é ridículo ele tentando falar como jovem”.


E diz:

- Nada não pai, tudo igual.

E o pai tenta continuar:

- Que isto! Me conte das “minas”?

E agora é a vez dele de “podar”:

- Outra hora pai, fui... vou “nessa”!

E o “paizão” descolado, fica à ver navios.


Mas onde tudo isto começou?

Agora ele pode entrar no mundo sentimental, pensar que educou o filho com tanto amor, pagou as melhores escolas, tirou tempo nos domingos, brincou com ele, fez o que pode, mas agora o jovem nem compartilha o que está acontecendo!


Puro drama mexicano. (odeio novela mexicana, não gosto de dramas)

Não tem como colocar a culpa nas más companhias, nos amigos que influenciaram o “santo filho”. Antes de ele ter amigos, ele teve a influência direta dos pais.


Não veja só o presente, hoje em dia, pais precisam olhar adiante, ver bem mais que uma pergunta curiosa.

Todas suas ações refletem na formação do pequeno aprendiz.

Se quando criança, o pai mandou ele dormir e não respondeu.

Se direcionou a responsabilidade da resposta, quando ele confiou a pergunta a este.


Então não pode reclamar quando já adolescente ele transferir as perguntas e dúvidas para outra pessoa qualquer.

Pessoa esta que não temos a mínima ideia de como há de responder e ensinar.


Não perca a oportunidade de responder as perguntas, desde as simples, bobas... até aquelas que lhe deixam de cabelo em pé!


Aproveite enquanto o pequeno confia a você suas dúvidas.

Antes que ele repasse o cargo de educador, para a revista “capricho”, os amigos da escola, as rodinhas de modinhas na sociedade.


Ai, se ele perguntar, assim como o Murilo perguntou... ore um tanto, respire fundo, e responda EXATAMENTE ao que ele perguntou, não vá além da curiosidade dele, não precisa explicar tudo.


O sinal será: - Quando ele entender, vai parar de questionar.


A propósito, algumas perguntinhas que o Murilo já fez, e eu já respondi:

- Mãe, quando eu crescer, vou poder comprar um peito também? (ele tinha 2 anos... eu expliquei que homens não comprar peito, que quando as meninas viram moças, os peitos nascem sozinhos. Ai ele devolveu a resposta).

- Mentira! Meu tio tem peito! Vou comprar um também! (o tio que ele falou, é gordinho... eehheheh)


- Mãe, por que você esconde fralda na sua gaveta? Você disse que é feio usar fraldas. (sobre absorvente, ele tinha 3 anos).


- Mãe, por que a mãe do meu amigo tem um sapo embaixo da saia, e como o neném dela nasceu, descendo pelo sapo? (o amiguinho, contou que nasceu pela “perereca” da mãe dele... esta pergunta foi este ano).


- Mãe, os namorados dormem juntos? (eu disse que não, ai ele devolveu a pergunta).

- Então porque a mãe do meu amigo dorme junto com o namorado dela? E ela é uma pessoa boa!


- Mãe, quando eu nasci, você estava de roupa? (eu disse eu tava com roupa do hospital, mas teve de tirar boa parte para o médico abrir a barriga, ai ele devolveu a pergunta)

- Então eu já te vi pelada!!! Porque agora não posso mais ver?

Heheheheh... foi só pra vocês sentirem 10% de como é bom ter um filho curioso!


E daí... qual resposta você daria?


(Em homenagem a conversa que tive ontem com meu amigo Denis! E então, menino... vamos treinar mais respostas?)