terça-feira, 19 de janeiro de 2016

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Mãe de Menino


Tem coisas que só mãe de menino sabe:
- O que é dar banho, vestir uma roupa linda e em dois minutos, antes de sair, ele estar suadinho, pronto pra outro banho e outra roupa.
- O que é andar na rua e ter que arrastá-lo, pois só tem olhos pras pipas no céu.
- O que é ser a mulher mais linda pra um homem desde o nascimento dele... e ouvir isto sempre!
- O que é ajudar nas tarefas e sempre encontrar uma mancha de dedinho sujo nos livros...
- O que é ver ele crescendo e o apetite crescendo junto... ele se torna um monstrinho devorador, e mãe... como sempre... fica feliz de ver a cria comendo até o último farelo do bolo.
- O que é encontrar o bolo de chocolate com marca de dedinhos, que comeram o recheio antes da hora... aquele olhar travesso de quem não conseguiu resistir.
- O que é chuteira pra campo e chuteira pra salão... por incrível que pareça... são diferentes!
- O que é ser acordada por ele no dia que ele tem jogo... e por outro lado, a difícil missão de acordá-lo em dias normais.
- O que é estar sozinha dentro de casa, mesmo que ele esteja lá... basta estar na frente da TV ou jogando no PC... desde pequenos, eles se perdem nesse mundinho brilhante.
- O que é ter um macaquinho dentro de casa em dia de visitas... eles pulam, viram do avesso... chamam a atenção com piadas e risinhos divertidos.
- O que é ver seu homenzinho pensando numa futura namoradinha, e sentir orgulho... mas sentir também medo de perder o eterno fã.
- O que é ter alguém independente, que se acha dono da situação, mas que basta bater o dedinho do pé e se torna o bebê mais manhoso e dependente que se pode ter.
- O que é ter a pesada responsabilidade de formar e educar alguém que será também responsável, o chefe, de uma família no futuro...
- O que é se desmanchar diante de um sorriso travesso, mesmo que ele tenha sido pego jogando bola na sala ou pedindo pra ficar mais algumas horas no PC...
- O que é vestir bermudão e boné... e mesmo assim estar lindo.
- O que é ser a primeira mulher admirada por alguém... e saber que de alguma forma, ele sempre voltará pra casa... pois meninos não sabem cortar o umbigo de sua primeira paixão.

Não me vejo de outra forma, sendo ainda mais feliz... que não seja sendo mãe de um menino!!! Amo meu Murilo..

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Amor - 1ª Fase



Amor de adolescente é fofo! Mas pode ser maluco!
Quem nunca pensou que o mundo girasse ao redor de um moleque que precisa da mãe pra ficar mandando escovar os dentes e recolher as roupas do chão? (apesar de que mesmo após os 30 anos, homens ainda precisam ser alertados sobre isso)
Outro dia, observando umas situações, fiquei um pouco triste.
Vi algumas menininhas, que estavam por ai, viajando... e mesmo assim, com a cabeça num moleque.
Já pensou que decepcionante?
Os pais se ralam, pagam uma viagem pra garota, decidem fazer AS FÉRIAS em família, daí a menina se tranca no quarto e só sabe vigiar o facebook do moleque, chorar porque o moleque está teclando com outra ou deixou um recado pra outra.... a lista segue.
Isso é frustrante!
Sei que o amor é cego, mas me recuso a chamar isso de amor!
Provavelmente, ela vai chorar, ameaçar se matar, acabar com o mundo dela e de quem está perto de tanto só falar no moleque... e depois, vai encontrar outro moleque, e mais outros, e quantos serão até que termine o ano?
O legal, é que todos são denominados como “amor verdadeiro”!
É difícil isso, pensando como mãe!
Eu cuido do Murilo, dou atenção, amor, broncas, cafunés... então quando ele começa a aprender a conversar como gente, a dialogar em família, ele se tranca e vai ficar tentando conquistar uma menininha? Injusto!
Pronto, acabei o desabafo.
Mas sejamos racionais... todos aprendemos com essas histórias idiotas, então elas são necessárias. (nem todos, tem sempre aquele(a) que vai se dar mal até os 50 anos)
É levando fora, pé na bunda, traição, desprezo, que se aprende a procurar melhor, a garimpar por alguém que realmente, seja brilhante!
Mas amor perfeito existe? Claro! Todos os amores imperfeitos são perfeitamente possíveis de acontecer.
Talvez esse período em que a menina fica mais chorando por um moleque, seja necessário para aprender a selecionar melhor, deixar espaço pros moleques crescidos, aqueles que também já sofreram com molecas e querem alguém mais sério.
Então, podemos dizer que, amor adolescente é fofo, idiota, irritante... mas é necessário.
Se você é mãe, ou mesmo se irrita ao ver essas meninas fofas e lindas, sofrendo por um carinha desprezível? Sorria! Ela está aprendendo!
Ao menos, espero que esteja aprendendo.
E que deixe o eterno sofrimento, lágrimas e vontade de morrer por um moleque, que seja isso papel exclusivo das novelas mexicanas...

Momento explicativo: Texto inspirado nas adolescentes que acompanho por ai, que já cansei de ver o sofrimento exagerado por um menino qualquer. Se você se identificou com o texto, tenho um recado: Eu não te conheço, então, isso aqui foi um desabafo, não um conjunto de indiretas.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Paixão ou Hábito?



Ler e ler...

As pessoas dizem que devemos ter hábito de leitura.
Estranho, né?
Mas depois que ouvi a justificativa para o erro desta fala, entendi a razão de sempre soar estranho o “hábito de leitura”.
Uma vez, ouvi da Fanny Abramovich (esplêndida escritora) que não se cria hábito de leitura, pois hábito vem de coisas repetitivas, obrigatórias.
Criamos hábito de tomar banho, hábito de escovar os dentes, hábitos de higiene... alguns homens criam o hábito de abrir a porta para a mulher passar, apesar disso ser cada vez mais raro, e assim por diante.
Mas leitura? Ah! Leitura não é hábito, leitura é paixão, é um relacionamento que construímos ao longo dos anos, é como um casamento!
Que ver?
Quando ainda somos crianças, já percebemos o olhar dos amantes da leitura, eles costumam soltar faíscas dos olhos ao ver um livro colorido, interessante... então, se demoram folheando, inventando histórias para as gravuras, conversando com os personagens, antes mesmo de aprender a decifrar as letras, esses pequenos enamorados, leem livros.
Há os que não amam de imediato, pegam o livro, tentam algum contato, mas talvez por influência de outro amante, para agradar algum ser humano, não por paixão... tudo bem, não há problema nenhum em não ser um amante desde a tenra idade, pois enquanto o pequeno aprendiz manuseia um livro sem muita vontade, dá-se a chance a si mesmo, de uma hora encontrar aquele livro que o fará elevar os mais puros suspiros de paixão.
A minha primeira paixão? Lembro-me como se fosse hoje, era um livro grosso, velho, já doado para a escola por alguém que usou e abusou de suas páginas. Até aquele dia, eu era uma leitora habitual, lia sem paixão, lia para impressionar minha mãe, pois minha irmã, ela sim, era louca de amor pelos livros, queria ser como Fabiana, mas não havia amor, era algo mecânico, habitual... foi então que vi, no canto da prateleira da escola, um livro de capa marrom, escrito em letras antigas e surradas “O Diário de Anne Frank”, eu passei os dedos lentamente sobre a letra gasta, então virei-o de costas para ver o que trazia e vi, um desenho, como se fosse uma foto antiga, de uma menina simples, de cabelo preto, um pouco armado, revoltados fios, percebi que ela não era perfeita, então achei interessante, me identifiquei.
Foi amor a primeira vista, eu sai sorrindo apertando-o contra o peito, corri para a sala de aula e guardei meu tesouro na bolsa, amei cada página, sorri com as coisas idiotas de Anne, chorei ao ver que ela se achava feia, tentei começar um diário, procurei fotos de sua família, eu tinha 12 anos e não havia internet naquela época como hoje, mas encontrei no meio do livro algumas fotografias copiadas para o deleite do leitor, fiz-me parte da família de Anne, ela foi uma grande amiga, copiava suas piadas (aquela sobre o nascimento dos bebês), ouvia (lia) suas reclamações sobre a irmã mais velha, e a velha disputa de irmãs, me sentia real na leitura da menina da 2ª Guerra Mundial, até que tudo ficou silente, Anne foi encontrada em seu anexo, ela não sobreviveu e eu chorei, fiquei indignada, mas agradeci por ela ter escrito e seu pai ter publicado.
O Diário de Anne Frank foi apenas a primeira de muitas paixões que surgiriam.
Ainda viajo e me apaixono nas páginas dos livros, é estupendo, é incrível, não é hábito, é paixão, é necessidade de decifrar a vida de outros em meio as letras.
Se você, querido leitor, ainda não ama assim, não se canse, não se martirize, continue nas buscas, procure incansavelmente, leia um, leia dois, leia três, talvez seja enganado pela capa, mas não perca a esperança, um dia, você sentirá o cheiro da paixão literária, abraçará aquele ser pequeno e enigmático, então começará a decifrar seus códigos, se identificará com as paixões e as lágrimas, o lerá de madrugada, desejando que nada lhes interrompa, e assim... a cortina se abrirá e estarás, de uma só vez, no universo apaixonante que é a leitura!
Enquanto não tiver encontrado seu amante, continue a procura.
E para os que já amam loucamente, os que fecham o facebook por um livro, os que preferem o cheiro da livraria ao cheiro das lojas de grife, os que escolhem uma sombra, o silêncio e o amante, como o melhor programa de um fim de semana, aos que quando tem um livro nas mãos, não escutam mais nada que não sejam suas páginas gritando um enredo apaixonante... a esses, eu só posso dizer: Sejam bem vindos a vida indecifrável e apaixonante!

Deixo um vídeo, lindo, fofo, que mostra uma menininha, daquelas que de pequena já se mostram apaixonadas pela arte de decifrar sentimentos escritos:

Já se apaixonou alguma vez por um livro? Lembra do primeiro amor literário? Conte!

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

É férias!


Pronto, enfim ela chegou.

Estar de férias é como parir:
Você planeja o que fará, demora meses namorando essa ideia e por fim, quando chega o momento, sai tudo diferente do planejado.
É normal ver no facebook, orkut (o falecido) e outros meios, os jovens suspirando, pedindo para que chegue logo, fazendo contagem regressiva.
Mas, quando chega, quando realmente as férias chegam, nos sentimos entediados, não sou exemplo de normalidade, mas percebo que não sou a única a querer voltar logo pro vuco-vuco, pra correria da vida, porque acordar tarde e dormir o dia inteiro, enquanto se mata os poucos neurônios na madrugada da internet, isso já está cansando.
Mas, já que sou forçada a continuar de férias, e nunca foi tão contraditório essa afirmação, vou aproveitar para fazer a vida andar: vou caminhar cedinho, fazer dieta comendo menos e no horário certo, ver TV com família reunida, organizar meu sono e... deixar de hipocrisia!
Então, se é pra abandonar o bendito cinismo... é melhor dizer a verdade:
Vou dormir quando estiver bêbada de sono e acordar na hora que a bexiga estourar pra ir ao banheiro, vou ver desenho, largada no chão junto ao Murilo, vou merendar as 11 da matina e almoçar as 19 horas, vou caminhar de pijama pela casa em pleno as 4 horas (da tarde, claro), vou ressuscitar o blog que vive mais morto que o Frankenstein, vou tagarelar no msn por pura falta de com quem conversar ao vivo, rever seriados antigos e descobrir novos... e claro, vou ler, devorar o que se pode, como um cupim diante de uma pilha de livros e revistas...
Afinal de contas: estou numa contagem regressiva, logo as férias terminam e volto à sanidade mental, então, nada é tão bom como permitir-se ser um pouco insana por 20 dias!
Contagem regressiva para retornar à sala de aula, saudade dos meus monstrinhos.

sábado, 23 de julho de 2011

Para Cuiabá


Este poema foi elaborado por uma aluna, Milla, ela estuda no 1º ano.
Já tem um tempo que ela me enviou, eu devia ter postado no aniversário de Cuiabá, mas com a correria, ficou para trás.
Então, antes tarde do que nunca.
Ai vai.

Cuiabá

Cidade acolhedora, viva
40º todo dia
Posso ver nas padarias
O bolo de arroz nosso de cada dia
Morenas saem nas janelas
Para ver a lua, sempre tão bela
Tuiuius esticando seus pescoços
Para espiarem em Mato Grosso
A beleza de Cuiabá
Viola de Cocho,
Aqui se toca, canta e dança
Duvido que alguém se cansa
E se cansar, não tem problema
Não há quem uma rede não tenha
Nem que seja só para a varanda enfeitar,
Aposto que, ao testar, vai querer ficar
Aos pau-rodados
Aviso, tomem cuidado,
Caso não possam muito tempo ficar
É melhor nem perto da cabeça de Pacú chegar,
Quem prova, aprova
Quem gosta, fica, não vai embora
292 anos de história,
Não é mais um número na memória,
Um dia feito pra se comemorar,
Parabéns Cuiabá!!!