quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Mudança de visual, Maria ainda quer namorar...


Depois de ficar se lamentar um tanto, Maria dorme cansada, levanta só no dia seguinte, decidiu que tudo vai ser diferente, o problema está em algum lugar, a questão é procurar e resolver.

Então levanta-se, olha no espelho e decide: vou mudar a cor do cabelo, encurtar a barra da saia, dos shorts, ficar mais sensual, talvez alguém me note assim

Lá vai Maria, sentindo-se um tanto mais magrela, com as pernas de fora mais do que o costume, amarra o cabelo num rabo de cavalo e corre até o salão.

Chegando senta-se na poltrona e começa a olhar um tanto de revistas, procura algo que seja chamativo, notável.

Vê a foto de uma modelo, cercada de homens e com os cabelos ruivos, bem vermelhos.

- É esse. – Pensa com alegria.

Olha pra responsável com a tesoura na mão, indica a imagem da revista e pede pra ficar igual.

A cabeleireira começa o serviço, coloca tinta, descolore, fixa cor, tira cor... e o trabalho não pára.

Horas depois, lá está Maria, cabelo ruivo, vermelhão... short mais curto e um sorriso imenso nos lábios.

Seus olhos diziam que o “problema tinha acabado”, agora arrumaria um namorado.

Chegando em casa, a mãe olhou meio de canto de olho, balançou a cabeça virando os olhos, como que pedindo a Deus para entender melhor os adolescentes, mas ela não disse nada.

Maria correu para o quarto, acessou o MSN e rapidamente combinou de sair com as amigas, tinham de ver seu novo visual.

Já eram 19 horas, como o combinado, todas as colegas haviam chegado, elas sorriam, elogiaram o cabelo de Maria, tocaram e ficaram tagarelando.

Uma disse que tinha ficado ‘show’, a outra disse que ela era louca, mas estava legal, até que uma delas lembrou que sendo Maria ainda de 16 anos, o cabelo podia ficar danificado com tanta química.

Mas Maria estava feliz, isso que adiantava.

Como de costume, os garotos da turma chegariam um pouco mais tarde, eles nunca acertavam o horário, Maria esperava ansiosa a chegada, até que escuta o murmurinho que só os meninos sabem fazer quando andam em bandos.

Ela respira fundo, esperando o elogio, alguém falaria, eles iriam notar.

E...

E...

Sentam bagunçando, e... pedem uma pizza e uma porção de batatas fritas.

Ninguém falou, ninguém notou.

Será que os meninos não sabiam a diferença de castanho escuro para vermelho ruivo?

Era ridículo.

Tanto sacrifício pra nada.

Sua mãe não tinha surtado, isso até seria legal... os meninos não tinham elogiado, já que era o que ela buscava e as meninas, sempre notavam, até a cor do sapato.

Maria voltou pra casa, mais sem graça que batatinha sem sal.

A tarde inteira no salão pareceu ter sido por nada.

No final, a única coisa que podia ver eram suas longas pernas desajeitadas e os fios vermelhos que caiam sobre a blusa branca, era tudo muito sem graça.

Abriu o portão e foi direto para o quarto, sacudindo a cabeça, repensando os seus passos, o que poderia ter feito de errado para que os garotos não a notassem?

Ligou o PC e escolheu um filme pra assistir ali mesmo: Um amor para recordar. – Seu predileto.

Custava muito lhe aparecer um rapaz bondoso como o do filme? Bonitinho, educado, disposto a trocar a rotina só pra fazê-la feliz...

Dormiu sem ver o final, pensando em onde tinha errado, sonhando com um “Landon” só para ela.

Mas a batalha estava só começando, parecia mais uma odisseia.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Maria quer namorar...


Lá está Maria, sai com as amigas e fica observando os casaizinhos andando de mãos dadas, ela suspira só de pensar em como seria bom.

Sonha com um rapaz, tem até uma receita prontinha de como ele precisa ser, procura em todos os lugares e nunca encontra.

Então um dia Maria sai com a turma, depois de um programa na igreja vão até a sorveteria, a conversa está boa, todo mundo ri um pouco, ela arruma o cabelo bem cuidado, cheiroso, ondulado, coloca levemente atrás da orelha.

Ao levantar os olhos, parece ter uma miragem!

Bem a sua frente está “ele”.

Sim, aquele lá de seu sonho!

O mesmo sorriso, o jeito de andar, rodeado de amigos e todos se divertindo. Ela tem certeza e pensa:

- É ELE! Ele é a resposta para minhas orações, o tanto que eu tenho jejuado, clamado por um rapaz! Só de olhar meu coração dispara.

As meninas na mesa se cutucam, claro que ele é o centro das atenções. Elas soltam pequenos risinhos, Maria abaixa a cabeça e começa a pensar em uma forma de ser notada, afinal de contas, ela não é boba, é uma moça bonita, esperta e não vai deixar passar a oportunidade!

Então, quando ergue os olhos, procurando onde foi parar o “deus grego”, tem um choque! Quase cai da cadeira, esfrega os olhos e não acredita no que vê ao lado do rapaz.

Lá esta, ela chega meio que gritando, tem uma voz estridente, roupas que não combinam com as formas do corpo, é estranha e não há outra palavra que melhor explique a cena: o “deus grego” namora uma BARANGA!

Como assim?

Maria se sente injustiçada, o sorvete mais parece remédio pra azia, começa a descer e subir no estomago, não que estivesse já apaixonada pelo rapaz, ela não é idiota, toda raiva está em ver que alguém, aparentemente, bem pior que ela, tem um namorado e ela, ela não tem nenhum! Nem feio, nem bonito, nem mais ou menos!

O apetite vai embora, e os pensamentos são:

- Mas o que há de errado comigo? Ela é mais feia, juro, sem maldade! Só pode que Deus é surdo, ou será que tenho orado pouco?

Seu rosto não engana e vira um grande ponto de interrogação.

Arruma uma desculpa qualquer e vai para casa.

Fecha a porta do quarto, se joga na cama e faz o que sabe de melhor: chora!

Analisa todas as suas qualidades, transformando-as em nada e tudo por causa de alguém que ela nem conhece, nem sabe se valeria a pena, o que vale é a dor de ver que outros têm, outros sorriem e andam de mãos dadas, e ela, por alguma razão desconhecida, não pode.

E agora?

Desiste?

Vai à luta?

Chora mais um pouco e volta a fingir que está tudo bem?

Confusão total... fica ali pensando que só sabe a dor de querer alguém, aquele que não tem ninguém.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Para que namorar?


Respondendo ao pedido de um amigo, João Paulo, estou aqui pra escrever um pouco sobre um assunto que todo mundo gosta: NAMORAR!!!

Ou seja, se não gosta de falar em namoro, gosta pelo menos do ato, do verbo em ação... hehe

(Observação: não é que escrevi só para as meninas, para facilitar, usei termos como namoro de menina para com o menino, mas o conselho é útil pra todos)

O que é namorar alguém?

É conhecer, tornar-se íntimo, dividir seu tempo com essa pessoa.

Não são todos que conseguem tal “proeza”, pois o tempo é curto e o ser humano é egoísta.

Pessoas correm cada vez mais, veem o outro apenas como uma marca, ou seja, saem com a turma, disputam quem beija mais em uma noite, e o ser beijado é só um número.

Mas vamos falar de quem vai contra essa maré de futilidade e egoísmo, quem procura alguém especial ou mesmo coloca-se numa situação de ser encontrado.

Então encontramos outro dilema:

- Como conhecer o outro? Como ter certeza de que ele, é ele mesmo?

O tempo é amigo dessas respostas.

Mas cuidado, ficar grudado no recém namorado o tempo inteiro, também não vai facilitar... tornar-se uma espiã, vasculhar celular, e-mail’s, Orkut... não facilitará em nada, ninguém se mostra por inteiro ao ser vigiado. As pessoas aprendem a ser autênticas quando são livres.

Então, falando pras meninas, fica bem mais fácil você conhecer ao manter uma certa distância, mas tornando-se necessária pra ele!

Como assim?

Necessária?

Não, vamos com calma, não é que ele vai precisar de você pra respirar, isso é simples demais, se ele não souber se virar nas mínimas coisas, logo você será a próxima candidata para MAMÃE de um marmanjo.

Na verdade, você sendo “necessária”, será a pessoa que estará no pensamento dele quando ele estiver feliz e quiser compartilhar algo, ou quando estiver triste e quiser desabafar... ai acontece a mágica!!!

Imagine?

Ele vai te ligar! Vai te procurar.

É bem diferente de correr atrás e se jogar.

Dar-se valor é o que há de melhor.

Então, digamos que você já passou por essa fase, aprendeu a conviver com o namorado de maneira legal, sem sufocar mas sendo presente, daí vem outro probleminha...

O que fazer nos tempos juntos?

Você pode se perguntar: Como isso é um problema? Eu amo meu namorado, sei bem como namorar.

É... vamos voltar ao início, o namoro é a fase do CONHECIMENTO.

Acontece que alguns casais esquecem-se disso, então pulam a fase do conhecimento, vão para a aula de sexologia.

Mas poderiam perguntar:

- Qual o problema com isso? Amo-o! Vou me casar com ele! Então só estou “testando”.

O problema ainda é o início, quando deixamos de viver uma fase, pulamos a outra, o que não significa que ela foi comprida.

Por exemplo, uma criança consegue aprender multiplicação sem antes saber somar?

Não!

O casal pode até “comer o lanche antes do recreio”, mas quando chegar o período do casamento, e o plano original é que dure muito, muito tempo... o que vemos são pessoas estranhas, não se conhecem... meses depois do casório, voltam ao cartório e pedem o divórcio.

Tudo isso por qual razão?

Simples, casaram-se sabendo fazer sexo, mas sem conhecer o parceiro.

É necessário o diálogo.

Sabe aquelas perguntas idiotas?

Sim! São de suma importância!

Como você vai saber que aos domingos ele vai sempre ver futebol se não perguntar pra qual time ele torce, não conversar a ponto de perceber que ele sabe o nome de todos os jogadores, o hino do time e a tabelinha de jogos!

Qual a comida predileta dele?

O ponto fraco, o ponto forte... isso é essencial!

Evite o ponto fraco quando necessário, e torne esse “o seu” ponto forte quando for preciso!

Se eles amassem as mulheres boazinhas (tontas), previsíveis, mestres na cozinha, arrumadeiras... etc... iriam se casar com a mãe. (as mães que não me entendam mal, também sou mãe)

Então, se encontrou um tempo vago, talvez um sábado a tarde.

Não desperdice!!!

Aproveite ao máximo.

Saia de casa, passeie de mãos dadas, preste atenção se é agradável isso, comente com ele que gosta de andar assim, talvez consiga o que a maioria dos casais esquecem com os anos: caminhar de mãos dadas. Afinal de contas, você praticou isso no namoro, sentirá falta se não avisar o quanto é bom.

Ler, é outra atividade excelente!

Sou suspeita ao convidar alguém pra ler, essa é minha paixão.

Mas tirar algum tempo durante a tarde, ler um verso, um trecho de um texto que goste, depois pedir que ele leia... então preste atenção na voz dele, se é agradável, se te encanta e faz querer escutar por horas!

Afinal de contas, o namoro é um conhecimento, saber se vai gostar de ouvir o som da voz dele durante os anos vindouros, é bem melhor do que sentir agonia ao coitado abrir a boca anos depois.

Pode ainda:

Andar de bicicleta, fazer um piquenique, contar casos de sua família e ouvir casos da família dele (não se namora isolado, tu namora e casa com o garoto e a família dele inteira, então deixa o papo das piadas e ame sua sogra), pode ainda visitar amigos, jogar “imagem e ação”, separe as músicas que você gosta e apresente os trechos que lhe são importantes, explique como elas fazem parte de sua vida...

Na verdade, use a criatividade, você encontrará mil atividades interessantes e importantes para essa fase fundamental da vida: O NAMORO.

Afinal de contas, é quando você CONHECE a pessoa com quem vai dividir o restante de seus dias.

Ninguém se casaria com um completo desconhecido!

Só não entendo a razão de muitos insistirem em não conhecer o ser namorado.

(Observação: Quem gostar do texto e quiser conversar ou perguntar mais sobre algum assunto relacionado, é só postar nos comentários que estarei respondendo)

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Férias, férias e férias!!!


Palavrinha doce, estou de “férias”!!!

Mas é incrível como o vício não consegue me desligar do ano letivo, mesmo longe das escolas, acabo sempre pensando nos projetos, alunos, manias, notas... etc...

Talvez seja por não ser simplesmente um trabalho, mas um estilo de vida.

Quando se escolhe ser professor, digo que não é pra qualquer um.

Primeiro de tudo, não se escolhe. Se é escolhido.

Vi muitas pessoas adentrarem em um curso, estudarem por quase quatro anos e saírem de lá com um canudo nas mãos e se perguntando: “O que faço agora?”

Pois é, faculdade não forma professores, não ensina a ensinar.

Se assim fosse, seria fácil demais, ou complicado demais.

Depois, contemplei formandos, aqueles de canudinho universitário nas mãos, entrarem em uma sala de aula e saírem, frustrados ao perceber que aprenderam matéria e mais matéria, nada de como levar o outro a pesquisar.

Não se transfere conhecimento, se assim fosse, juro que rodaria o mundo procurando sentar-me ao lado de alguns gênios literários, buscando uma “transferência intelectual”.

Conhecimento é fruto de perguntas.

São as dúvidas que nos levam a aprender.

Eu sei as respostas que meus alunos precisam conhecer.

Mas o que posso fazer para levá-los a perguntar?

Quem me dera os cursos universitários ensinassem as pessoas a pensar, a questionar, a duvidar, a pesquisar, a arquitetar uma forma de ir contra, pelo simples prazer de conhecer os dois lados da moeda.

Mas não, infelizmente o que tenho visto, são professores que adentram em suas salas, com um mar de diplomas e títulos, uma lista imensa de livros, então despejam letras e mais letras em mentes ávidas por conhecimento.

Trazem tudo pronto, teorias, casos, meios e fins... é só ler e mais ler!

Não me entenda mal! Amo a leitura!

Mas quando se lê para questionar, se compara conhecimentos já adquiridos em prol da formação de novos conhecimentos.

Encontro professores que querem saber respostas.

Procuro os que desejam conhecer como o aluno encontrou as perguntas que formularam suas respostas.

Férias!!!

E tenho tanto ainda a pensar.

Procurei hoje um lugar de diversão pra levar o Murilo, Michel e Melissa (priminhos) para brincar, foi chato não encontrar nada por aqui.

Mas estou eu aqui, pensando em conhecimento, livros, leitura, armazenamento de letras, siglas, significados e tudo mais.

Isso virou uma salada!

Que horror!!!

Melhor justificar esse emaranhado de pensamentos:

SOU MULHER!!!!

Não sei pensar separado, mistura-se tudo por completo...

Férias são boas.

Bons momentos para se refletir em como buscar conhecimento.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Amor não se divide, se multiplica


Texto escrito por: Carol Garcia (aluna do 1º/2º ano CACPA)

Nunca fui filha única, quando nasci já haviam chegado 3 antes de mim, um casal do 1º casamento do meu pai e um menino do 2º casamento do meu pai, neste caso com a minha mãe.

Meu pai se casou pela 3º vez, pode acreditar! Mas mesmo que pareça complicado, tudo fica muito simples quando se tem um amor tão grande ligando à todos nós, e confesso que é bem divertido ter bastante irmãos, uma madrasta maravilhosa, uma mãe incomparável e um pai por quem sou totalmente apaixonada.

E o melhor de tudo nessa história toda, é que a caçula era eu. Nada melhor que ser a caçulinha entre 4 irmãos, a mimada, a bajulada, a protegida, enfim, eu estava no meu pedestal.

Infelizmente, pelo menos era o que eu pensava, meu reinado durou pouco mais de 12 anos, quando me veio a inesperada notícia: "Filha, a Lilian (minha madrasta) está grávida." Por um momento senti meu coração palpitar, eu estava feliz com a notícia, mas não pude evitar um sentimento de medo, insegurança e ciúmes talvez, afinal, dentro de meses eu deixaria de ser a filha caçula do meu pai, e isso realmente me assustava.

Eu imaginava que seria muito difícil ter que dividir a atenção do meu paizinho, já que eu precisava tanto dela só pra mim!

Meu papito (é como eu o chamo), que muito bem me conhece, logo após sentir a minha insegurança, teve uma conversa bem séria comigo.

Com palavras emocionadas, ele declarou todo o seu sentimento por mim e pelos meus irmãos, disse o que mais amava, admirava e se orgulhava em cada um, que eram características únicas e próprias.

O que papai quis me dizer naquela noite, eu entendi perfeitamente quando meu irmãozinho caçula foi colocado em meus braços tão pequenino e tão inocente, precisando de todo o meu amor, carinho e cuidado.

Eu aprendi que o amor não se divide, se multiplica, o amor que o meu pai sente por mim não teve que ser dividido com o nascimento do Iago, apenas um novo amor nasceu.

Ah... E quanto ao ciúmes, eu explico, eu amo tanto, tando o Iago, que quero sempre o melhor para ele, portanto não sinto ciúmes por ele precisar de um pouco mais de atenção que eu.

Sou feliz e agradeço à Deus pela grande e amorosa família que tenho!




E só pra ressaltar, que fique claro que eu ainda sou a menina caçula!